MARGARETH MEAD
Sexo e temperamento
O livro ”Sexo e Temperamento” têm por objetivo mostrar como três sociedades primitivas agruparam suas atitudes sociais em relação ao temperamento em torno dos fatos realmente evidentes das diferenças sexuais.
Na introdução, a autora discute que sobre
como crianças, adultos e idosos (de ambos os sexos) tem atividades e funções
características na sociedade, e como isso implica na construção social de cada
um, fazendo parte da cultura de cada indivíduo. Discute que em algumas
sociedades a depender do sexo e da idade, se tem privilégios e soberania, como
por exemplo, filhos homens primogênitos eram considerados mais importantes que
os outros irmãos.
Ainda na introdução, fala que o homem
construiu para si mesmo uma trama de cultura em cujo interior cada vida humana
foi dignificada pela forma e pelo significado. Diz que o homem não se tornou
simplesmente um dos animais que se acasalavam, lutavam por seu alimento e
morriam, mas um ser humano, com um nome, uma posição e um deus.
Relata que cada uma dessas tribos (Arapesh, Mundugumor e Tchambuli) dispunha, como toda
sociedade humana, do ponto de diferença de sexo para empregar como tema na
trama da vida social, que cada um desses três povos desenvolveu de forma
diferente. Comparando o modo como dramatizaram a diferença de sexo. é possível
perceber melhor que elementos são construções sociais, originalmente
irrelevantes aos fatos biológicos do gênero de sexo.
A vida Arapesh está organizada em torno
desta trama central: como homens e mulheres, fisiologicamente diferentes e
dotados de potencialidades diversas, unem-se numa façanha comum, que é primordialmente
maternal, nutritiva e orientada para fora do eu, em direção às necessidades geração
seguinte.
Ao longo do livro é possível notar que os
ideais dessa tribo são: sentimento de pertencimento a terra, e não domínio;
união; fraternidade; pacificidade; harmonia, coletividade; honestidade; não
soberania entre os sexos, ou seja, as mulheres e os homens são vistos com
iguais; solidariedade; cooperatividade.
Foi visto
também as características dessa tribo que são: chefiar como algo ruim, pois
isso mostra soberania aos demais e, é necessário sentimentos e ações de
autoritarismo, o que vai de encontro com as ideologias deles; o indivíduo pode
plantar várias hortas, mas em apenas uma ele será anfitrião, nas demais será
tido como visitante; ausência de unidades políticas, ou seja, um aglomerado de
pessoas residiam em um local, que passava a ter um nome com o intuito de
identificar a região; para caçar ia um dois ou três pessoas, mas o animal seria
de quem avistasse primeiro; culto e respeito aos espíritos ancestrais; marsalai
era o ente sobrenatural que castigava que merecesse; as crianças deveriam ser
moldadas pelas suas famílias, pois assim ela seguiria os ideais da tribo;
ausência de época de fome.
Nessa parte
do livro é possível ver o posicionamento importante da autora quanto as
mulheres, pois ela irá demonstrar que o sexo não determina o temperamento, como
também o comportamento social. Discute então que as certos temperamentos e
atividades não devem ser atribuídos ao sexo feminino, como por exemplo, cuidar
da casa, dos filhos, apresentando que os comportamentos são relativos e depende
da cultura.
Comentários
Postar um comentário